Você sabe o que é equity? No universo das startups e do empreendedorismo, esse termo é bem conhecido e pode significar noções diferentes conforme o contexto.
Entre outros significados, equity pode ser a uma modalidade de investimento (como private equity), de crédito imobiliário (home equity), títulos de posse parcial ou de patrimônio de empresas, por exemplo.
A seguir, vamos entender melhor essas definições, ver exemplos e dicas de como investir.
O que é equity?
Equity é a posse de parte de uma empresa e o direito a uma parte dos lucros gerados por ela. Além disso, também se refere ao patrimônio líquido, representando a participação acionária de investidores e acionistas de uma companhia.
No investimento em equity a renda é variável, pois o valor do retorno do seu investimento vai depender do sucesso da empresa que você escolheu investir seu dinheiro. Diferentemente da renda fixa, na qual o retorno financeiro é definido no momento da transação, nos investimentos de equity não há limite de retorno.
Pode ser que você tenha lucros acima da média ou tenha prejuízos, a depender das variações da empresa investida, por isso chamamos de investimento de risco.
Equity: significado
Do inglês, a expressão equity pode ser traduzida literalmente como equidade.
Equidade significa a capacidade de adaptação a situações concretas, de acordo com critérios de justiça. No Direito, equidade é o que adapta a regra a um caso específico, fazendo-a mais justa.
Mas, no mundo dos negócios, a palavra tem alguns outros significados, dependendo do contexto ao qual está aplicada. Assim, equity pode ser entendido como o patrimônio líquido de uma empresa ou pode se referir ao valor total dos ativos em um investimento ou mesmo à participação societária.
Por exemplo: equity significa posse, então, quando falamos em “compra de equity” de uma empresa, estamos falando que o comprador passou a ser um dos donos. Nesse caso, a porcentagem da empresa que a pessoa possui é a mesma porcentagem de lucros a que ela tem direito.
Já quando falamos de “private equity”, estamos falando de uma modalidade de investimentos em uma empresa que não está na Bolsa de Valores.
Exemplos de equity
Como o termo é abrangente, ele pode ser interpretado de acordo com o contexto ao qual está relacionado:
- Patrimônio de uma empresa
- Títulos de posse de uma empresa
- Capital de risco de uma empresa que está declarando falência
- Diferença entre valor de mercado de um imóvel e sua dívida de hipoteca
- Modalidade de crédito imobiliário (home equity)
- Equity também pode significar valor totalitário dos ativos em determinado investimento
- Fundo imobiliário privado (private equity imobiliário)
O que é equity em startups?
Dentro do universo de startups, equity é entendido como a parcela de cada sócio da empresa. Essa distribuição é uma estratégia para motivar os sócios a terem comprometimento e a buscarem resultados, impulsionando o crescimento.
Qual é a importância do equity para startups?
Quando você tem parte do patrimônio de uma empresa, tem participação no negócio. Desse modo, além de ajudar no desenvolvimento, você também vai querer aumentar o valor da empresa, assim como os fundadores e investidores.
Nesse cenário, pessoas que compram equities de uma startup ajudam financeiramente e estão motivadas na busca por resultados cada vez melhores. Além disso, as principais vantagens para as startups são:
- Capitalização da empresa
- Participação de gestores experientes, quando os investidores ajudam na administração
- Melhora da credibilidade e da imagem institucional
- Consolidação do negócio em sua área de atuação
Quais tipos de equity podem investir em uma startup?
Empreendedores de startups têm diferentes formatos para buscar investidores para expandir, acelerar ou viabilizar seu negócio. Alguns deles:
- Equity Crowdfunding: o aporte financeiro vem de um conjunto de investidores que se tornam sócios do projeto. Normalmente essa modalidade de aplicação ocorre no formato online.
- Debt Crowdfunding: parecido com o modelo anterior, porém o financiamento coletivo não transforma os investidores em sócios, mas em credores da empresa.
- Venture Capital: injeção de capital através de direitos de participação ou aquisição de ações, tornando o investidor proprietário de parte do empreendimento
- Venture Building: união de aceleradores, incubadoras e venture capital visando viabilizar estratégias e estrutura da startup, que se tornam sócios do negócio prestes a surgir ou ser ampliado.
Venture capital e private equity: quais são as diferenças?
Por se tratarem de investimentos de participação, venture capital e private equity são fundos de investimento para impulsionar o crescimento de uma empresa.
No geral, as empresas de venture capital compram apenas uma parte da empresa ou investem na idealização de uma nova startup.
O processo significa buscar recursos financeiros para empresas que estão começando, com objetivo de retorno rápido. Capital de Risco, Capital de Investimento, Capital Venture, Capital de Ventura ou Capital Empreendedor são outros nomes para esse tipo de investimento.
Já private equity é um tipo de investimento direto, em que o investidor compra uma participação majoritária. É um investimento em empresas já desenvolvidas, com fluxo de caixa sólidos e margem de lucro mais definidos, mas que não estão na Bolsa de Valores.
Pode ser feito por meio de fundos de investimento em participações, ou de modo direto, por empresas, instituições ou investidores individuais. O objetivo é acelerar o desenvolvimento da empresa para que ela ingresse no mercado de capital, aumentando seu valor de mercado, para depois lucrar com a venda de sua parte.
O private equity é uma modalidade de investimento em que o investidor compra parte de uma empresa e se torna sócio. Para contribuir com o crescimento da empresa, o investidor pode participar da gestão e da administração da empresa.
Normalmente, empresas que recebem private equity são de médio porte e têm alto potencial de crescimento.
Como definir equity entre os sócios de startups?
Nas startups, equity representa os valores de cada sócio da empresa. Para fazer essa divisão, é preciso considerar mais do que o trabalho inicial ou a participação de cada sócio na criação do MVP (Minimum Viable Product, ou Produto Mínimo Viável).
O cálculo pode ser feito considerando os recursos aplicados e o tempo investido, mas também os valores não tangíveis (como contatos e experiência) que cada sócio traz.
É importante considerar que o caminho do sucesso de uma startup passa por muitos momentos de tentativa e erro, e que uma divisão estratégica de equity pode ser a chave para manter todos igualmente motivados na direção de soluções e sucesso.
Quem pode investir em equity?
Investir em equity torna o investidor sócio do negócio, compartilhando resultados positivos ou negativos.
Se a empresa está na Bolsa de Valores, ou seja, tem capital aberto, o investimento é em ações. Mas, para empresas de capital fechado existem outras formas de investimento, como venture capital, crowdfunding ou fundos de private equity.
No Brasil, os investimentos de fundos de private equity só podem ser feitos por investidores qualificados e profissionais, e não são permitidos ao público em geral.
E equity crowdfunding e o venture capital são similares, com foco no investimento em startups e em empresas em estágio inicial com alto potencial para crescimento.
Quer entender melhor sobre o início de uma startup? Te contamos mais neste post de Panela Nestlé.
8 dicas de como investir em equity
O investimento em equity está na categoria de renda variável, ou seja, vai render conforme o crescimento e desempenho da empresa que você investiu. Se a empresa crescer, suas ações valerão mais do que o preço no ato da compra.
Como não é um investimento de renda fixa, é um investimento de risco, e é mais procurado por investidores de perfil moderado ou arrojado.
Abaixo, listamos algumas dicas para ajudar na hora de investir em equity:
- Faça pesquisa de mercado e saiba tudo sobre a empresa que deseja investir.
- Considere o tempo que a empresa atua no mercado.
- Se a empresa for de capital aberto, verifique o desempenho na Bolsa de Valores.
- Informe-se sobre os sócios da empresa.
- Pesquise quanto foi o lucro nos últimos anos e a arrecadação média dos acionistas.
- Planeje suas metas de investimento.
- Diversifique a carteira de investimentos. Existem fundos de investimento coletivos com cotas proporcionais ao valor das aplicações.
- Se escolher investir em ações de uma empresa que não está na Bolsa de Valores, é possível fazer o private equity – um investimento privado através de investidores particulares ou fundos de private equity.
Agora que você aprendeu mais sobre o conceito de equity, leia nosso post sobre práticas de gestão de startups aplicáveis em grandes empresas